Infelizmente, as dívidas são uma realidade para muitos de nós. Segundo notícia publicada no site da Agência Brasil, fazendo referência a dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), o percentual de brasileiros endividados em junho de 2024 foi de 78,8%.
Esse dado preocupante vai além das finanças, porque pode causar impacto diretamente em outras áreas da vida, aumentando o risco de depressão, estresse e ansiedade. No mês de setembro, que destaca a importância da saúde mental com o foco na prevenção ao suicídio, é essencial lembrarmos que existe solução para o endividamento.
Por isso, se você está entre os endividados, a boa notícia é que há caminhos para mudar esse cenário. Confira 5 dicas de ações a tomar para sair das dívidas e recuperar sua saúde financeira (e mental):
Imagine que você esteja em sua casa e queira ir a uma região em sua cidade que você não conhece muito bem. Para não se perder no caminho, você coloca o endereço de chegada no Google Maps ou Waze.
No entanto, para que a rota seja traçada, é necessário indicar o ponto de partida. O mesmo raciocínio vale para quitar as dívidas. Nesse caso, o destino é o fim do endividamento, mas para conseguir elaborar um plano, primeiro é necessário saber em que posição você está.
Na prática, significa analisar as suas finanças para entender o que pode ser mudado para que você consiga ter dinheiro e quitar suas dívidas. Para tanto, analise suas despesas e identifique onde você pode reduzir ou cortar gastos.
Procure por despesas desnecessárias ou supérfluas que podem ser ajustadas ou eliminadas para liberar dinheiro para o pagamento das dívidas.
O segundo passo é listar todas as dívidas que você tem. Faça uma relação identificando:
Para isso, o indicado é ter um orçamento mensal, no qual constam todas as suas receitas e despesas. Lembra do primeiro passo, o do diagnóstico financeiro?
Com base nele, verifique se o saldo disponível após os cortes é suficiente para iniciar o pagamento das dívidas. Caso contrário, faça ajustes adicionais nas suas contas para aumentar esse valor.
Lembramos que essa quantia deve ser sustentável, ou seja, permitir que você faça progressos significativos na quitação das dívidas, sem comprometer suas necessidades básicas e outros compromissos financeiros. Afinal, tudo o que não queremos é contrair mais dívidas, certo?
Agora que você tem informações sobre o ponto de partida e de chegada, desenvolva um plano para quitar suas dívidas. Comece priorizando suas dívidas e procure dar foco naquelas com juros mais altos, como o rotativo do cartão de crédito e o cheque especial.
Com a prioridade definida, entre em contato com os credores e veja o que pode ser feito para chegar a um acordo benéfico para os dois lados. Muitos estão dispostos a oferecer descontos, reduzir taxas de juros ou estender prazos para facilitar o pagamento.
Além disso, fique atento aos feirões de negociação e eventos promovidos por instituições como Serasa, SPC e outras entidades. Esses eventos frequentemente oferecem oportunidades de negociar dívidas com grandes descontos, podendo chegar a até 90% de redução em alguns casos.
Outra dica especial: na hora de criar um plano, elabore também um cronograma de pagamento detalhado. Determine quanto você pagará mensalmente para cada dívida e faça ajustes conforme necessário.
Para garantir foco na quitação das dívidas, verifique se você está seguindo o plano de pagamento conforme estabelecido. Faça isso mensalmente para garantir que os pagamentos estão sendo feitos como planejado e para identificar possíveis desvios.
Siga também acompanhando o orçamento a fim de garantir que haja um equilíbrio entre receitas e despesas e que o dinheiro destinado ao pagamento das dívidas seja utilizado corretamente.
Caso você consiga pagar mais do que o planejado, ajuste o seu plano e aumente o valor dos pagamentos. Do contrário, se novas despesas surgirem, veja o que fazer para continuar pagando as dívidas sem deixar de arcar com suas obrigações.
Esperamos que essas dicas ajudem você a sair do endividamento e a conquistar o equilíbrio financeiro. Quer mais conteúdo como esse? Explore o espaço Educa FPPS!